Jorja Smith sobre comentários de ódio: "O que os outros pensam sobre mim não é problema meu"
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Depois disso, Smith frequentemente hesitava em fazer ensaios fotográficos — às vezes, ela nem queria sair de casa. Agora, dois anos depois, no set de fotos da VOGUE, ela irradia que aqueles momentos são claramente coisa do passado. Com seu traje de Willy Chavarria, ela dança casualmente ao som da música "Glue", de Bicep. A estilista Nell Kalonji relembra como se conheceram, suas primeiras fotos com Smith datando de dez anos atrás, quando ambas eram muito jovens: "Naquela época, era como fechar o ciclo. E exatamente o que vemos hoje é o que eu queria testemunhar, acompanhar e mostrar: sua evolução para uma mulher forte e autoconfiante que sabe o que quer — e se diverte fazendo isso."
De Londres de volta para sua cidade natalEssa mudança não se reflete apenas em seu estilo; ela vai muito além. Em seu single de retorno, "High" (2024), ela levanta a questão de para onde se pode ir quando não há saída. Para Smith, a resposta não foi metafórica, mas sim: voltar para Walsall, uma pequena cidade ao norte de Birmingham que ela chama de lar. A música, inspirada por uma amizade rompida e posteriormente reatada, quase soa como uma mensagem de voz pessoal. Há mais em suas palavras do que isso — como se ela estivesse tentando expressar que encontrar a si mesma às vezes significa deixar os outros para trás. "Nunca pensei que meu retorno para casa seria tão importante", diz ela, rindo. Sua decisão de deixar Londres em 2023 virou manchete. Quase ninguém acreditaria que uma estrela voluntariamente daria as costas ao centro cultural da Inglaterra. "Sou de Walsall e acabei de voltar. Foi só isso", diz ela, dando de ombros.
Sua próxima turnê está marcada para maio. Começa com um show em Glasgow, seguido por outras cidades do Reino Unido e da Europa (Alemanha: 15 de julho em Hamburgo, 16 de julho em Munique), além de outras datas na América do Norte e do Sul. Logo após nossa entrevista, seu novo single, "Crush", será lançado. Ele apresenta sua tentativa de rap pela primeira vez, junto com o cantor britânico AJ Tracey. A batida soa como uma relíquia do início dos anos 2000 , quando o grime e o rap britânicos estavam apenas experimentando seu auge. "Quando ele tocou a música para mim no estúdio, as memórias imediatamente voltaram. Foi realmente nostálgico", diz ela com um sorriso. Então, seu sotaque característico de West Midlands viralizou no TikTok. E sua apresentação no Brit Awards com o Ezra Collective, vencedor do Mercury, e sua indicação para "Melhor Artista de R&B" demonstram: não é hype; elas vieram para ficar.
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